Cordão do Bola Preta

25 janeiro, 2008

Hoje é dia de Bola Preta no Rio de Janeiro!

A Avenida Presidente Vargas vira um mar de gente que vai atrás do trio cantando marchinhas de carnaval.

O Bloco é o mais antigo e tradicional do Rio, está às vésperas de completar 90 anos. É isso mesmo! O seu avô cantava as mesmas marchinhas que você.

Só que ao longo desses 90 anos os administradores não fizeram lá coisas tão boas... acumularam uma dívida de 1,5 milhões e ontem, 24/01, foram despejados de sua sede... Veja bem... às vésperas do carnaval.


Se é crueldade ou não, eu não sei, só tenho 20 anos e isso não passa nem perto da metade da idade desse Senil Bloco do Rio.

O que eu sei é que eles não cancelaram o carnaval por conta do ocorrido e vão estar hoje arrematando as esquinas do centro do Rio... E eu vou estar lá cantando:

"Quem não chora não mama
Segura meu bem a chupeta
Lugar quente é na cama
Ou então no Bola Preta"

Tempo que não volta.

17 janeiro, 2008

Ainda ontem eu era uma garotinha que não alcansava o interruptor da lâmpada do meu quarto.
Ontem, a minha mãe me chamou, ela já estava deitada, me lançou um olhar sapeca de criança e disse: __Filha, apaga a luz pra mamãe, apaga?!
Lembrei de quando eu criança gritava do meu quarto: __Manhêêêêê... apaga a luz!!! Eu já deitei.
E ela me dava um beijo, ajeitava o ventilador e apagava a luz.
Hoje eu chego em casa depois dela, converso sobre o trabalho, o chefe, a bronca, a meta, o salário, o mecânico. Ou simplesmente digo boa noite e vou dormir, porque estou cansada demais para conversar.
O tempo passa... mais rápido que a luz.
Aproveite cada momento, para se lembrar de tudo com sentimento de dever cumprido, olhar para trás e dizer “Foi bom pra caralho!”... E vai ser cada vez melhor.

Baudelaire é que estava certo:

"É preciso estar sempre embriagado. Para não sentirem o fardo incrível do tempo, que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso. Com quê? Com vinho, poesia, ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se."Baudelaire

O Caçador de Pipas

10 janeiro, 2008


Há tempos eu não lia um romance.
Ganhei de presente de natal o top list “O caçador de Pipas”, de Khaled Hosseini. Confesso que chorei, do início ao fim do livro. Não que eu tenha gostado do final! Mas meu coração estava aberto à ler um romance e a se emocionar com ele.
Me lembro de ter me emocionado com os romances policiais de Sidney Sheldon na adolescência, depois aderi às peripécias históricas e larguei os romances de mão.
Agora estou à busca por um novo título. Antes que eu volte a priorizar os livros que mudaram o mundo ou a bibliografia da faculdade, preciso ler mais um livro que me ensine o valor de alguma coisa, me faça crescer como pessoa, ou que simplesmente me divirta!
Aceito sugestões.
Pensei em ler “O caminho do Sol”, Também de Khaled, mas seria muito tiete!
Deve haver mais bons livros por aí. Quem me sugere?


Reveillon em Família

03 janeiro, 2008

Não adianta ir contra a nossa natureza.

31/12/2007 nos últimos minutos do ano a gente promete tudo! Eu prometi ser mais paciente, mais tolerante, mais amável etc. etc. etc. Mas não adianta contrariar a minha natureza.
O reveillon esse ano foi na minha casa. Casa nova, meu pai resolveu fazer uma graça. Limpou a piscina, comprou carne e bebida, a sogra fez a rabanada e o pernil, a mesa ficou linda! Seria trágico se não fosse cômico.
Já pela manhã do dia 31, nós cuidando dos preparativos da festa e uma mãe desnaturada resolveu largar a filha para tomar banho na piscina que é duas vezes mais funda que a criança, e foi fazer compras! Ah ta... Obrigada, mas ninguém falou que podia tomar conta da sua filha!!!! Agora, além de cuidar da casa grande e da ceia, tínhamos que fazer almoço só porque tinha uma criança de 5 anos abandonada umas 12 horas antes da festa lá em casa. Mas que bom que eu não reclamei muito, porque o pior estava por vir!
Na parte da tarde a minha família começou a chegar para ajudar a fazer alguma coisa, e junto com a família, chegaram mais crianças. Crianças que sobem de tênis na minha cama limpa, que esfregam meus ursinhos no chão da varanda, que abre a geladeira toda hora só para olhar o que tem dentro, que pulam na piscina com os pés sujos de areia, que fazem xixi na piscina... Muitas crianças! Muitas crianças... Gritando, correndo, apertando meus cachorrinhos! Era eu arrumar e elas desarrumavam, trabalho em vão. E os pais não vêem essas coisas nunca por quê? Resolvi que 2008 não seria um ano nem perto de ter um filho!
Mas apesar de tudo o jantar ficou pronto e a bebida gelada.

Continua...