Minha mãe não me ama e meu orientador é um cretino!

29 março, 2008

Sábado, 17:00h - Eu ainda no Trabalho. Ligo para casa.

Eu: Mãe, vem me buscar no trabalho hoje?
Mãe: Ah não filha, acabei de chegar da obra...
(Ps.: Estamos construindo uma casa nova)

Eu: E...?
Mãe: Ainda nem tomei banho...
Eu: E...?
Mãe: Agora que sentei para convesar com seu pai.
Eu: Ah Manhê. Você pode tomar banho e vir conversando com o meu pai no caminho.
Mãe: Não FÍLHÁ (agora me magoou). Tem que botar roupa pra lavar porque a empregada vem passar amanhã.
Eu: Mãe, você coloca a roupa na máquina e deixa batendo, quando voltar eu estendo! Mas eu já entendi, você não me aaaaaaaaaaaammmmaaaaaaaaaa!!!!!!!
Mãe: Não é isso filha é que eu estou cansada.
Eu: Tudo bem, Eu passo 2 semanas sem te ver e você nem pra fazer uma graça! Nem pra me buscar no trabalho, nem pra fazer uma jantinha... nada... nadinha! Nem um abraço, ningué me ama, ninguém me quer, ninguém me joga na parede e me chama de lagartichááá!
Mãe: Filha, a gente pede uma pizza.
Eu: Umpf* Não precisa não mãe, eu saio as 20:00h e como alguma coisa no caminho.
Mãe: Tá bom então, vou sair com seu pai pra comer uma pizza então e te busco no ponto do ônibus.
Eu: (PQP! Mas e a roupa? E o banho? E a obra? !?!?) Tá bom mãe, até mais tarde... Beijo, tchau.

Sábado, 17:30h - Eu ainda no Trabalho. Ligo para meu orientador da Faculdade.

Eu: Alô, professor Eduardo? É Renata Miranda que está falando, tudo bem? Liguei pra dizer que não consegui te passar o projeto hoje porque ainda estou no trabalho e vou chegar um pouco tarde em casa. Te encaminho tudo amanhã cedo. (Não que ele vá ler no Domingo, mas eu tentei...)
Orientador: Quem manda estudar Renata Miranda!? Trabalhar não dá em nada... vá ser servidora pública! Você anda de carro oficial, tira 4 férias ao ano, não trabalha finais de semana e enforca todos os feriados em um raio de 10 dias. Daí viaja para o litoral!
Eu: É... (Chingando ele em pensamento) Alguém tem que botar esse Brasil pra frente Professor. Bom final de sábado pro Senhor. Nos falamos amanhã.
Orientador: Ok querida, estou as suas ordens, mas pense nisso! Um beijo.

Loompa Doompa... Doompa Dee Dooo.
Vou cantar pra não chorar.

Vencidos por um Mosquito

26 março, 2008

O Rio de Janeiro está rendido.

Talvez quem não é do Rio não tenha noção da proporção que tomou a Dengue.
Para terem uma ideia, surge um novo caso a cada 5 minutos, só no município. Para mim, isso quer dizer que, por dia, no meu trabalho, uma pessoa sai de licença médica.
Eu estou no meio de Vargem Pequena, um lugar cercado pela mata atlântica e cheio de Bromélias, que fica ao lado de curicica, o bairro com maior número de dengosos do estado!
Eu nunca peguei Dengue. Nem no primeiro surto de 2002, quando eu tampouco ligava para repelente.

Mas o fato que nos indigna é o estado estar negligente. Cade os fumacês? Cadê a Sucam?
Acho que o governador gastou todo dinheiro da campanha médica comprando carros novos para os policiais pararem de reclamar do irrisório aumento que receberam... mas isso é outro assunto!

Na minha próxima folga vou doar sangue. Sinto que é a única coisa efetiva que uma cidadã saudável pode fazer pelo seu estado, ou melhor, pelos irmãos cidadãos.
O Rio não foi vencido pelo tráfico, mas está sendo por um mosquito, ou pela "Tropa de Elite dos Mosquitos".

Já dizia Raul... A melhor saída para o Brasil, é o aeroporto!

Cidade de Giz

24 março, 2008

"Houve um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma regra: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz. Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas e finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim."

(Cecília Meireles)

Cecília Meireles

15 março, 2008

"Aprendi com a primavera a deixar-me cortar e voltar sempre inteira."

Cecília